quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sexo ou Termômetro?

Já ouvi dizer que o sexo é o termômetro de um relacionamento. Não sei quem disse essa besteira, mas vou debater um pouco sobre o assunto. Pois ao falarmos de sexo, falamos simultaneamente sobre desejo, atração, carícias, besteirinhas sussurradas ao pé de ouvido e outras tantas banalidades de vital importância para vida. O sexo “poderia” até ser comparado a um caldeirão, onde tudo isto se funde em um maravilhoso prato para o jantar. Mas ser um termômetro!? Desta forma, estamos ignorando a função primordial deste equipamento, que é de mensurar a temperatura. A atração não pode ser mensurada, pode no máximo ser sentida, mas mensurar o que desejamos é o mesmo que convidar um marciano para passear de “passarola”. Isto por que: desejar, como verbo transitivo direto que é, nos remete a algo que não possuímos; que não temos; mas, que queremos ter. E exatamente por este motivo que medir algo que não “existe” para nós, é impossível.O sexo é o filho mais velho do desejo, e está em sua puberdade. Sendo assim não pode ser considerado apenas como um aparelho de diagnosticar mudanças na temperatura, mas sim, como o agente transformador da realidade intima de um casal.Não vou nem se quer discorrer sobre as carícias ou mesmo sobre as besteirinhas, mas sim argumentar sobre a importância de mudarmos nossa forma de vermos a vida. Sexo não é um ato isolado que ocorre sozinho, e exatamente por este negar fato, que acabamos abandoando os condimentos que esta refeição necessita. Ficando a mesma sem sabor, por conseqüência, sem graça ao paladar.A falta de sexo não significa a falta de atração, mas significa a falta dos temperos que animam a dia-a-dia de um casal. Sem falarmos da presença do amor. O problema de usarmos metáforas para explicar a vida do homem, consiste no simples fato de usamos o irreal para compreendermos o real. Assim achamos que algo é alguma coisa que realmente não é. Sexo é sexo... E a quantia de vezes com que ele é realizado, não significa que os sentimentos de quem os realizam; sejam melhores ou não, mas simplesmente, diz que ele é realizado em diferentes quantidades.O ser humano é um todo composto de amor, sexo, ciúme, inveja, medo, coragem e tantas “cositas mas”. E estes itens são estes itens. Não são termômetros, jarros, rodas ou bicicletas, eles não podem ser comparados e nem tão pouco separados, pois o homem não é um quebra-cabeça, ele é o homem e .
jhs

Um comentário:

Jonathan Baumgratz Vargas disse...

E aii Jones.. massa o seu blog...
gostei dos paradoxos...
abraço por trás!
masss que difícil de postar uma mensagem aqui... só fica pedindo pra digitar esses caracteres..ASDJF-23RFJEW